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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Diviso


Diviso


Com a dor me constrinjo e não me espalho
Sou diviso entre o humano e o poeta
Sou aquilo que cai e não se derrama
Sou aquele que cai e não se quebra

Sou o que se derrama e não se cala
Sou o que silencia e nada fala
Sou metade: Sou homem e sou poeta

Sou poeta e a queda não me abala
Tenho a alma pra sempre, sempre aberta
Eu sempre reconheço as minhas falhas

Torto atento andar sempre em linha reta

Mas se erro e do mundo eu ganho a vaia
Me contento com o homem que me resta
A dor que me constringe não me espalha


Meu socorro surge na hora certa

Quando, em mim, sinto que o mundo desaba
 O poeta que faz em mim morada
Ergue mão, me levanta e me completa.
     
                          

29/01/2013 17:11 - Fillipe Lima
"Sou poeta e a queda não me abala". Simplesmente perfeito e realmente descreve um poeta por excelência. Parabéns pela magnífica inspiração caro Beto. Convido-te para ler meu mais novo soneto (SONETO XIX - Doce Encontro) e conhecer um pouco mais de minha obra. Abraço.
Responder |

 
30/01/2013 09:27 - Cesão
Muito bonito e inspirador teu poema, parabens.
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30/01/2013 11:19 - edidanesi
Adorei teu poema poeta Acioli. Meio humano meio poeta, enigmático e reflexivo. Parabéns, grande abraço, bom dia.
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30/01/2013 13:53 - demarcus
Ser Poeta dentro do Homem e ser Homem dentro do Poeta.Assim vamos seguindo em frente tecendo versos e sendo gente.Belo Poema Amigo Poeta.
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 Comentário de mileidi consalter 
LINDO POEMA!!!!PERFEITO!!!!!

A ALMA RECONHECE QUE A HUMILDADE É UM INSTRUMENTO PERFEITO PARA A PERFEIÇÃO!!!!!!


PARABÉNS!!!!QUE DEUS CONTINUE A TI OLHAR!!!!!

Responder |

Comentário de
Maria |Helena Campos da Paz 
AMEI QUERIDO POETA,
POIS TEU CORAÇÃO EM LINDAS PALAVRAS
E COM SENSIBILIDADE AGUÇADA, EXALTA
O DIVINO PODER DA POESIA!
LINDO DEMAIS AMIGO!
MINHA ADMIRAÇÃO E AMIZADE
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Comentário de Marcia Portella 
Muito bom te ler ....            Destaco:
                               "O poeta que faz em mim morada
                               Ergue mão,me levanta me completa
Responder

 
Comentário de Sílvia Mota 
O dom poético refaz vidas.
Parabéns, pelos teus versos!
Beijosssssssssssssss
Comentário de Mônica do S Nunes Pamplona
Depois dizem que a poesia não doa forças ao poeta...
Esplêndido poetar.
Bjssss
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Comentário de Marcia Aparecida Mancebo 
Parabéns poeta!
amei!!!!!!!!!
bjs
Responde


Comentário de Neyde Maria F, Cruz 
SHOWWW PARABÉNS PELO MAGNÍFICO POEMA NOTA MILLLLL ....
 


02/02/2013 21:32 - Paulo Mauricio
Somente os poetas conseguem definir essa divisão. Os poetas não morrem em tempo nenhum.Parabéns!!!Obrigado pela visita.
Responder |

 

 

E-BOOK "A Cara da Dor" - Volume 2



sábado, 19 de janeiro de 2013

Janeiro 2013





Descolorido

 Seca, sede, fome e morte
 pintam as telas do sertão
Vidas que se descolorem 
e aquebrantam o coração

É o preto e branco gritando 
clamando por atenção
pro verde que virou cinzas 
por falta de compaixão

Águas que jorram dos olhos 
mas não servem para beber
São só lamentos e tristezas 
por falta do que comer

E o mormaço no céu fosco 
sem vontade de chover
Contrasta um futuro tosco 
que o sertanejo irá ter

E na terra pobre e seca 
donde não germina o pão
A morte consome a fome 
por não ter outra opção 






Poesia sem FronteirasPoesia sem Fronteiras
Rio sem leito

Sou como um rio sem leito,
árido, deserto e estreito.
Tenho um coração rachado,
que ainda apaixonado,
teima em bater em meu peito.

Vivo meus dias sem luz
e a noite é que em mim traduz
um amor que fora desfeito

Sem amor a vida me exclui
 Só a dor agora me conduz
por caminhos imperfeitos
 

Sou um cego sem ter a luz
Sou um rio que não produz
sem água e nenhum proveito.



06/02/2013 09:27 - ania
Bendita sensibilidade que faz vc versar tão lindamente...meus sinceros parabéns! abraços...



Quando Morri


No dia em que morri
Ninguém me visitou
Ninguém viu o que sofri
Tampouco o que restou

Ninguém me fez sorrir
Nem me levou uma flor
Queria me despedi
O tempo não esperou

Por quase desisti
O corpo não deixou
E eu tive que partir
Carente e sem amor

E agora estou aqui
Sem saber pr'onde vou
Perdido e infeliz

Não sei onde estou
Só sei que por um triz
Meu mundo acabou

Lembro quando  morri
Eu só ouvi o silêncio
Eu só vi tudo cinzento
Não deu para me sentir

Vi-te bem mais distante
Longe do meu caminho
Senti-me mais sozinho
Senti o mundo flutuante

Senti o sangue sumir
Minha carne enrijecer
Assim fiquei à mercê
De tudo que eu não quis

Eu vi tudo escurecer
Eu vi o ar se evadir
Vi uma cova se abrir

Eu vi um corpo descer
Outro, em luz, vi subir
Lembro a paz que senti...

Retornei!
Para o lugar de onde vim
E aqui jamais quererei
Ter novamente esse fim

26/01/2013 20:42 - Biritinguense
Magnifico seu paema aplausossssss mundial pelo seu talento. No dia que morri,será que expirei, dormi e acordei e estou lendo esse jogo de palavras brilhante, pois vivi. Boa noite. Vc escreve com a alma.
24/01/2013 22:56 - dinapoetisadapaz
Olá Beto, gostei de ler seu reflexivo poema, uma composição de tema polêmico expressando verdades dobre o inevitável fado. Vc escreve com a alma. Grata pela leitura, sua visita alegrou meu coração! Bjss!

Beto, aplausos!! Se todos tivessem a consciência que a vida é uma passagem e qualquer momento vamos fazer essa viagem tão bem escrito por você, seriamos seres melhores.Meu abraço!!


24/01/2013 19:44 - Joel Matos
eu viuma loba ou loboestava escuromas eu vie vim aquidizer o que sentifoi por um trizque eu vie retornarei aquiquando a ver outra vez(obrigado)

24/01/2013 16:47 - zemary
Belíssima expressão da alma

23/01/2013 16:01 - be strong
Muito lindo seu poema...dá até pra senti-lo!

23/01/2013 10:48 - jcoelho
Parabéns, belo poema, um forte abraço. e Deus te abençoe.
Responder
 


 Comentário de Paulo Cesar Ribeiro(popou) em 15 agosto 2012 às 12:59
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Belíssima sacada Poeta, Parabens,gostei do texto!!! abçs e bt.

Comentário de SELDA KALIL em 15 agosto 2012 às 12:01 
 










Voltar para dentro de si , gritar e externar a dor dos segredos guardados em silêncio é expulsar a agonia de sentimentos fantasmagóricos ...
É vômito que derrama-se em palavras vivas e que cura... É desprender os calcanhares do chão do passado, enxergar o horizonte e poder alçar vôo em busca de um agora limpo, livre e feliz... É poder bailar no ar seguindo a coreografia dos seus sonhos,  desprezando os retrovisores e perseguindo incansavelmente o futuro.






25/01/2013 01:25 - Shimon Goldwyn
Excelente nota meu amigo poeta.sabes das Coisas e o fazes!
24/01/2013 20:59 - Fátima Peixoto
...desprezando os retrovisores e perseguindo, incansavelmente, o futuro.Querendo ou não o futuro nos arasta. Um grande abraço!!

23/01/2013 12:13 - Luna Di Primo
uma bela nota... bju de linda tarde
Responder
Mônica do S Nunes Pamplona comentou a postagem no blog Nota de orelha para o livro Diário de um abusado de Marcos Samuel Costa - Ponta de Pedras/PA de BetoAcioli
"Fazer a limpeza d'alma. Deixando pra trás todos os fardos passados e recomeçar novamente. Uma tentativa difícil, mas que vale a pena fazer, ou tentar. Bjsss "
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27/01/2013 17:52 - VeronicAlves
A nota para a nota é 1000. Belo!. Beijo carinhoso








É o fim

Parti!
No dia em que o sol quis brilhar, sumi...
E a vida ficou com a razão, eu vi.
Tudo não passou de uma ilusão.
É o fim!
Minha vida perdeu a direção... 


_________________________________________






Acorrentados



Cativos ao amor sem serem escravos

Mas expostos aos açoites da paixão

Aos trancos e barrancos caminhando

Fundindo as emoções com a razão.


 
Estarem presos mesmo que por vontade

Não conduz ninguém a escravidão

Mesmo sós não lhes sentirão sozinhos

E jamais provarão da solidão.



Almas que evoluem entrelaçadas

Compartilham a dor em comunhão

Quase nada lhes fazem separadas

Dependem-se sem o uso da servidão.



Completam-se num plano ascendente

Mutuam o carinho e a gratidão

Pro perpétuo estarão acorrentadas

Em outras vidas também se encontrarão.



.


















Palavras

Palavras são força e vida;
Palavras são como água,
saciam a sede da alma,
encantam, acalmam...
São como setas
que injetam mágoas...
Palavras são como pedras.
Palavras são forca e morte
são como cortes, que sangram.
Palavras marcam, são como nódoas.
Palavras provocam máculas.
São como flores,
nutrem os amores,
trazem o consolo,
soam em carinho.
Palavras motivam as dores.
Palavras são como espinhos,
ferem, machucam, maltratam;
Põem uma vida em dasalinho...
Têm instantes em que as palavras
Significam o nada
Silêncio por muitas vezes
Vale mais que mil palavras.




Oito ou Oitenta

Sou o tudo
ou sou o nada
Sou o que esfria
Sou o que esquenta
Sou o gelo
Sou a pimenta
Sou a calma
Sou a tormenta
Não sou meio
Não sou morno
Sou a geleira
ou sou o forno
Sou a água
Sou a lenha
Sou o fogo 

na vestimenta
Sou o muito
ou sou o pouco
Eu sou oito
ou sou oitenta



26/01/2013 20:38 - Nativa
Excelentes teus versos. Visitei teu blog... Bons, muito bons teus poemas, só achei a página sombria. Gosto de muita LUZ. Abraço poeta.

26/01/2013 20:37 - Biritinguense
Obrigada pela visita. oito ou oitenta é que vc é, verdadeiro, hospitaleiro, ou forasteiro, não um grande brasileiro. Deus te abençoe e seja feliz.
26/01/2013 17:21 - Gislaine A B T Lima
gostei da criatividade e da composição, é sonoro e muito inteligente! bjin


25/01/2013 09:27 - jcoelho
Parabéns belo poema, 8 ou 80 muito bom. um abraço


21/01/2013 19:10 - Eliane Pereira
Fantástica a sua poesia, nada mais que a realidade, o tema hipocrisia é algo tão comentado e tão comum, que as pessoas nem percebem. A falsidade e o egoísmo conquistou o mundo. Enquanto existem milhões de pessoas sem condições decentes para viver, nos preocupamos com "o sapato que vamos usar amanhã". É realmente cruel a nossa realidade. Convido-o a visitar o meu recantinho, e a ler minha poesia "Senhor Tempo", e se não lhe for incomodo ver os outros textos. Obrigada! Parabéns, sua poesia me fez enxergar-me e ao mundo de uma forma diferenciada. Abraços!


 Comentário de Giselda Dantas em 16 janeiro 2013 às 17:32



























BELÍSSIMO AMADO POETA.. ABRAÇOS GIL


 Comentário de mileidi consalter quarta-feira



























BRAVOOOOOOOOOOOOO!!!!!BELISSIMO POEMA!!!!!


 Comentário de Giselda Dantas quarta-feira

BETO ACIOLE  BELA REFLEXÃO PARABÉNS

 Comentário de Paulo Cesar Ribeiro(popou) em 15 agosto 2012 às 12:59



















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Belíssima sacada Poeta, Parabens,gostei do texto!!! abçs e bt.


Comentário de SELDA KALIL em 15 agosto 2012 às 12:01
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A Cara da Dor

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