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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sarau Beco dos Poetas


sábado, 28 de julho de 2012

Lançamentos

Lançamentos

Em comemoração aos 5 anos de fundação da Editora Grupo Editorial Beco dos Poetas e Escritores Ltda e do aniversário de 2 anos de nosso Sarau Matinal Beco dos Poetas, realizado todo último domingo de cada mês, no CEU Caminho do Mar (Endereço: Rua Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5.241/ Bairro: Jabaquara/ CEP: 04325-001). No  dia 29 de Julho de 2012, domingo,  as 10 horas da manhã, realizaremos  o lançamento das obras: “Dois corações e... uma só batida”, “Nos meus tempos de criança era assim...” e “À Deriva”.
Convidamos todos a participarem desta grande festa da poesia!


http://www.becodospoetas.com.br/

Prenúncio (Erreeffe)



Prenúncio


Amanheceu...
O sol resurgiu
em feixes de luz
manhã transparente
pedaço de azul
na infinita cor
pássaros a cantar
flores a sorrir
exalam no ar
e o cheiro de mar
a me preencher
e me faz voar
até onde é você
só pra lhe sentir
só pra lhe provar
que dentro de mim
só existe você
que pra lhe encontrar
basta eu estar em mim
Mas pra não sonhar
sem me completar
tenho que estar
dentro de você.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Rosa foi um amor

Rosa foi um amor




Viviam intensamente... 
Juravam eternidade... 
Até que tudo acabou!
Rosa, jovem, bonita e formosa 
silenciara ao amor, 
em lágrimas.
Que lástima! 
Tudo parecia tão ruim...
Sofreu mas tudo passou.

Ele não hesitou, 
optou por esquecê-la. 
Não lhe abalara o fim...

Por décadas sofreu a dor
ao lembrar o amor de Rosa 
cada vez que era atingido 
pelos espinhos em seu jardim.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Saudades




















Sofro sem sentir-te, só salgado sabor
Ausência angustia abatendo a alma
Universo ufano, união urgente
Declaro-me, derreto-me, desaguo desmedidamente
Amar-te-ei, amanhecer-te-ei, anoitecer-te-ei...
Desejando dias dignos de deleites, diferentes
Espero enfim encontrar-te e enfim extasiar-me
Sobra-me só saudades, só, solidão somente...

domingo, 15 de julho de 2012

Expurgo ( Poesia de Erreeffe )


Expurgo 



Beira de rio vagam as velas
Há casebres, palafitas
Compondo imensas favelas

Enquanto lá no asfalto
No seio da burguesia
Às margens da hipocrisia
Não há vagas, só há filas
Só concorrência e procelas

Na lama do mangue sujo
 Homem limpo a vida zela
Garimpa dignidade
Trabalho, pão e tutela

Espera oportunidade
De melhora da cidade
Ser cidadão ele espera

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Asas da Saudade


Asas da Saudade


Sopra no azul a saudade
Que espalha e assola
Pelo mundo afora
Poeiras de dores
E amores que arde em meu peito
E fundo me invade

Como a ventania
Que arrasta e que varre
Que rompe os caminhos
Que rapta a paz
Destrói a alegria
Nostalgia traz
Junto à tempestade

Voar com a saudade
Cai-se na ansiedade
É tragar o sal
É saudar a tristeza
Sofrendo a crueza
Da infelicidade

                         BetoAcioli

Grito Existencial



Grito Existencial

Grita um silêncio em meu grão deserto
Faz-me arder áridos sentimentos
Passo, deveras, longos maus momentos
O sofrimento faz meu mundo inquieto

O meu tormento passa-se em secreto
Expilo prantos coração adentro
Navalho  cortes sanguinolentos
Retalho a alma em perverso decreto

A fundo peno com meus desatinos
Sinto o profundo gosto do veneno
Pereço aos poucos a cada segundo

Decerto seja o maldito mundo
Impondo a vida pelo que devemos
Ou nos expondo à sorte do destino




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Dubiedades



Dubiedades


Falta-me um mar
Falta-me um céu
Falta-me um mundo

Só tenho o ar
Só tenho um chão
Contento em tudo

Me farta a dor
Sobra-me o amor
Cabe-me o justo

Somente eu
Sozinho seu
Meu sobretudo

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Eu Noite


Eu Noite

Tendo a solidão como cúmplice
tranco-me dentro de mim
e preencho o vazio com retalhos de noite
Na busca insone pela paz perdida.

Trafego pela contramão
à procura do fio da meada.
Vejo o finito do espaço,
o nada, dentro da imensidão

Só quero agora o que sempre admirei
_O silêncio_
Há tempo que o cultivo
Agora traz-me o tormento

Até que o sol volte e traga o dia,
e venha a luz que só maquia a minha paz,
 pra que adormeça a dor que me angustia,
serei noite infinita, tragando a vida que lento jaz.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Hoje você não pode???



Quer deixar pra amanhã?


Tudo Passa...
                      ...Hora passa...
                               Dia passa...
                                      Ano passa...
                                              Tempo passa...
                                                           Vida passa...
                                                                             Você viu?
                                                                                                                                                           Não???
                                                                                  
                                                                                                                       Passou!

Folhas em Branco ( Beco dos Poetas)


Soneto da Paixão
Soneto da Paixão

Fascinado em noites primaveris
Bacuraus em cantatas madrigal
Sob rasgos de lua em céu de anil
Rutila os pirilampos no quintal

Zéfiro oscilando tão sutil
Teus cabelos em meio ao roseiral
Num vestido venusto um corpo esguio
Olhos de gema jaspe sem igual

Evidência entre as flores dos jardins
Perfeição de formas descomunal
Faz de mim um homem tão mais viril

No universo por todos seus confins
Não existe alguém mais especial
Do que tu que és minha paixão febril

Beto Acioli
09/07/2012


 
Viva Morte


Te amo, ó morte, por seres incorruptível
Enquanto te odeio por seres imprevisível
Para alguns vens tão mansa, imperceptível
Para outros vens brusca, de forma terrível
Mas vens para todos, livrar-se é impossível
Vencerás a todos, pois és imbatível
O teu fundamento é incompreensível
Mistério profundo, não inacessível

Eu te admiro por seres impassível
Porém te rejeito enquanto possível
Também de respeito, pois és invencível
Não venhas tão cedo, sejas compreensível
Mas quando vieres, me faça insensível
Não deixes que eu sofra, seja flexível
Remeta-me a glória que eu for compatível
Não deixe que eu pene no mundo invisível

Beto Acioli
21/01/2012




 

 

Destroços da Alma


Meu coração é só escombros
Âmago destroçado pela nostalgia
Alegrias em flash como relâmpagos
Flecha no peito, melancolia

A travessia eu não encontro
Fico prostrado num vão passado
Monotonia e desencontros
Trafegam agora de braços dados

Com sentimentos agargalados
Presente frio é só desencanto
Pranto constante, cão desolado

Felicidade não enxergo tanto
Fico escavando o que foi passado
Chegando ao fim infeliz portanto
Beto Acioli
08/02/2012





 

Eu objeto

Pelo espelho posso ver meu subjetivo
Sensitivo percebo o Eu objeto
Decerto amiúde eu esteja sempre perto
Excreto lixo, alivio o fardo excessivo

Me fixo, como objeto, não prospero
Absolvo-me, desfaço meu crucifixo
Exploro e desbravo todos os abismos
Sem medo ou qualquer disfarce esmero

Contudo permaneço falho e imperfeito
O Eu objeto tornou-se mais estreito
Além do espelho agora me enxergo

Melhoro em tudo, retiro proveito
Agora meu Eu é um retiro perfeito
Morando em mim mesmo agora sossego

Beto Acioli
04/02/2012

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Cinzas


Tudo é cinza, tudo é carbono
O sangue, a carne, os excrementos
O diamante, o carvão ou o pó cinzento
Somos carbono enquanto vivemos
Carbono viramos quando perecemos
Nada é igual mas tudo é carbono
Tudo é mutável mas tudo é carbono
Tudo é igual, pois tudo é carbono
Tudo e todos somos iguais
Somos feitos da mesma matéria
Assim não me cabe nenhum sonho
Somos todos pó, somos todos cinzas
Não é um engano
Carbono é papel, carbono copia
O carbono cria qualquer ser humano
Animal, vegetal, mineral
Tudo que existe, tudo que se morre,  tudo que se vive
Que se decompõe ou que muda de plano
É  a cadeia do carbono

Beto Acioli
22/02/2012












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