Soneto
da Paixão
Soneto da Paixão
Fascinado em noites
primaveris
Bacuraus em cantatas
madrigal
Sob rasgos de lua em
céu de anil
Rutila os pirilampos
no quintal
Zéfiro oscilando tão
sutil
Teus cabelos em meio
ao roseiral
Num vestido venusto
um corpo esguio
Olhos de gema jaspe
sem igual
Evidência entre as
flores dos jardins
Perfeição de formas
descomunal
Faz de mim um homem
tão mais viril
No universo por
todos seus confins
Não existe alguém
mais especial
Do que tu que és
minha paixão febril
Beto Acioli
09/07/2012

Viva Morte
Te amo, ó morte, por
seres incorruptível
Enquanto te odeio
por seres imprevisível
Para alguns vens tão
mansa, imperceptível
Para outros vens
brusca, de forma terrível
Mas vens para todos,
livrar-se é impossível
Vencerás a todos,
pois és imbatível
O teu fundamento é
incompreensível
Mistério profundo,
não inacessível
Eu te admiro por
seres impassível
Porém te rejeito
enquanto possível
Também de respeito,
pois és invencível
Não venhas tão cedo,
sejas compreensível
Mas quando vieres,
me faça insensível
Não deixes que eu
sofra, seja flexível
Remeta-me a glória
que eu for compatível
Não deixe que eu
pene no mundo invisível
Beto Acioli
21/01/2012
VIVA MORTE de BetoAcioli
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Destroços da Alma
Meu coração é só
escombros
Âmago destroçado
pela nostalgia
Alegrias em flash
como relâmpagos
Flecha no peito,
melancolia
A travessia eu não
encontro
Fico prostrado num
vão passado
Monotonia e
desencontros
Trafegam agora de
braços dados
Com sentimentos
agargalados
Presente frio é só desencanto
Pranto constante,
cão desolado
Felicidade não
enxergo tanto
Fico escavando o que
foi passado
Chegando ao fim infeliz portanto
Beto Acioli
08/02/2012

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Eu objeto
Pelo espelho posso
ver meu subjetivo
Sensitivo percebo o
Eu objeto
Decerto amiúde eu
esteja sempre perto
Excreto lixo, alivio
o fardo excessivo
Me fixo, como
objeto, não prospero
Absolvo-me, desfaço
meu crucifixo
Exploro e desbravo
todos os abismos
Sem medo ou qualquer
disfarce esmero
Contudo permaneço
falho e imperfeito
O Eu objeto
tornou-se mais estreito
Além do espelho
agora me enxergo
Melhoro em tudo,
retiro proveito
Agora meu Eu é um
retiro perfeito
Morando em mim mesmo
agora sossego
Beto Acioli
04/02/2012
A Cara da Dor

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Cinzas
Tudo é cinza, tudo é
carbono
O sangue, a carne,
os excrementos
O diamante, o carvão
ou o pó cinzento
Somos carbono
enquanto vivemos
Carbono viramos
quando perecemos
Nada é igual mas
tudo é carbono
Tudo é mutável mas
tudo é carbono
Tudo é igual, pois
tudo é carbono
Tudo e todos somos
iguais
Somos feitos da
mesma matéria
Assim não me cabe
nenhum sonho
Somos todos pó,
somos todos cinzas
Não é um engano
Carbono é papel,
carbono copia
O carbono cria
qualquer ser humano
Animal, vegetal,
mineral
Tudo que existe,
tudo que se morre, tudo que se vive
Que se decompõe ou
que muda de plano
É a cadeia do carbono
Beto Acioli
22/02/2012

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