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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Renúncia à saudade (I,II,III)



Renúncia à saudade (I)

Detesto-te e peço que de mim te afastes
Porque me incomodas e me fazes sofrer
O meu coração que em pedaços se parte
E destarte aos poucos eu deixo de viver

És ingrata e perversa, não serves pra nada
Torturas minhas horas, me fazes infeliz
Roubas minha alegria, és como uma praga
Molestas minha vida, não morro por um triz

Se for pra morrer que eu morra de prazer
Deixas que eu mereça a paixão que me invade
Vais embora, já é tarde, eu preciso viver

Poupa-me de ti e de tua grande maldade
Rejeito o amargor e  me recuso a sofrer
Afastas-te de mim, ó maldita saudade!



Beto Acioli
03/04/2013





Renúncia à saudade (II)

Parte de mim que partiu pra distante...
A dor me angustia e me faz incompleto.
É um fogo que arde adentro cortes abertos.

Sofro a conta-gotas os presentes instantes.
Meus dias são frios e minhas noites insones
com a tal melancolia que me faz em deserto

Preciso de ti, sempre de mim mais perto,
pois o amor que temos nos serve de ponte.
Paixão viva é a fonte que nos faz libertos.
Por isso que te busco assim tão incessante.

Para que o meu peito não soe dissonante,
imploro a tua volta com imensa vontade.
E a quem me maltrata rogo suplicante:
Afastas-te de mim, ó maldita saudade!


Beto Acioli
04/04/2013






Renúncia à saudade (III)

Afastas-te de mim, ó maldita saudade!
Careço do amor que anda longe de mim
Devolves ao meu ser minha outra metade.

Dissolvo a ansiedade, lacro os meus confins.
Abrando esse mar, cesso essa tempestade
Porque os anjos dizem: Sempre seja assim!
Inteiro me torno um pássaro em liberdade.

Quero, de verdade, os sonhos multicores
E uma chuva de amores sobre meu jardim
Pra que minhas dores se vertam em flores.

Ter-te em minha vida é uma falsa verdade
Quanto mais distante ficares de mim
Não terei de ti nem um pingo de saudade
Nem declarerei que foste tão ruim.


Beto Acioli 
04/04/2013


 


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