Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Vol. 95

Marcos Samuel Costa
da Conceição
Ponta de Pedras / PA
Cognoscível
O medo é como o
vento só,
como a pedra.
Assim como os passos
da dança.
E o bailar do tempo,
é a doce é pura
poesia
da existência.
O medo é doce,
é o viver nas quatro
paredes,
o existir da
solidão.
É existir nas
escuras,
e brilhar na luz.
O medo é como o véu,
o céu escuro.
O medo, maior medo
meu,
e não ter tua boca
em mim...
e acordar e dormir
só...
e os ventos
passarem,
e o som se propagar.
O medo! O medo meu e
quando tenho
que existir sem
você em mim!
Carlos Marcos
Faustino
Tupã / SP
Em êxtase
Passar pelos meus
versos sonolento,
Alheio a todo e
qualquer pensamento
Em êxtase ficar a
qualquer preço
Pra me encontrar
antes do meu começo
Olhos cerrados aos
poucos,sou louco,
Busco respostas onde
nunca fui,
Em meus ouvidos,
muitos alaridos
E um torpor me f az
desfalecido
Esse reencontro que
as vezes eu faço
Me dá respostas que
eu sei preciso
Para perguntas que
eu sempre busco
E mesmo que o
despertar seja brusco
Só é paz que se
estampa em meu sorriso
Só é luz o que trago
pros teus braços
Beto Acioli
Recife / PE
Fidedigno
Teu jeito deixa-me
arrítmico
Pois meus olhos me
castigam
Denunciando ser
lídimo
O que ainda sinto por
ti...
O meu anseio é
condigno
Com meu querer que é
benigno
Desejo um dia ser
digno
Em novamente te ter
Permito que me
convides
Pro teu bel momento
íntimo
Basta um mínimo
sorriso
Em que intensiones
me ter
Verás em meu olhar
implícito
Ignorado o ilícito
Considerado o prazer
E em meu corpo
explícito
Salaz extremo
sensitivo
Declarado o meu
querer
Quebres esse teu
egoísmo
Permitas gozar
comigo
Deixes o amor
acontecer
Belos poemas..!
ResponderExcluirParabens aos poetas!
Beijos.