Platônico
Paixão que adormece, mas nunca se apaga
Machuca,
castiga, latente devasta
Dias,
meses, anos, pelo tempo vaga
Acorda
num dia que a saudade grassa
Relógio
acelera, vida curta passa
Se nada
acontece a vida perde a graça
Esperas
à alegria tornam-se escassas
Ilusões,
tristezas, correntes relapsas
Terminal
que chega, desgraça ameaça
Esperança
vira só cinza e fumaça
De
costas pra vida a morte abraça
Pela
eternidade inquietude traça
De alma
aberta exposta a negaça
Pouco
que lhe sobra ao final colapsa
Sou poeta

Sou poeta
Sou poeta...e o
sofrer é meu estigma
Subjetivo como o horizonte riscado no hipotético azul
Sou o enigma nas entrelinhas dos tortos versos
Sou a rima, pobre ou rica
Sou o oposto e o incontroverso
Sou o oposto e o incontroverso
Sou o compasso e o descompasso da vida,
o sofrimento, sou a aberta ferida,
o sofrimento, sou a aberta ferida,
a dor, a inconstância e a inquietude
Sou a folha em branco de onde emerge a poesia
Rabiscos obscuros de sentimentos tersos
Rabiscos obscuros de sentimentos tersos
Sou a matéria...sou os ouvidos da alma...
Sou instrumento da palavra
Sou instrumento da palavra
Sou o poeta que versa a vida
Sou o que dói, sou o que morre...
Sou o que dói, sou o que morre...
...em qualquer dia, por qualquer causa
Aquele que não tem regras
Quem a vida versa com maestria
sem medos e com verdades
Sem métrica, sem motes...
Quem expõe a vida sem cortes,
sem molde, sem régua e sem paradigmas.
Quem expõe a vida sem cortes,
sem molde, sem régua e sem paradigmas.
Ótimo trabalho, de um autor que segue uma linha de raciocínio na qual muito me agrada. Parabéns pela sua Obra. Christine Aldo.
ResponderExcluirOi, adorei seu blog e seu estilo permeado de filosofia...
ResponderExcluir*não havia percebido q ainda não tinha incluído o ítem, 'seguir', mas já está lá. Um abraço!