
Súcubo
Vens,
lendário súcubo, invadir meus sonhos!
Transpões
minha alma e meu corpo bisonho
Sorves
a minha luz, lanças um olhar risonho
Abrasas
minha cama num fogo medonho
Demônio-mulher
és malignidade... !
Tua
beleza vã é só obscuridade...
Tu
conheces bem minha passividade
Envolve-me
em tuas chamas, sou fragilidade
Consome-me
em brasas, não mais me acanho
Tua
alma em meu corpo me faz pluralidade
Quanto
mais te tenho mais eu me assanho
Deixaste
de ser sonho pra ser realidade
Já não
sinto medo nem durmo tristonho
Pois
tenho um demônio-mulher de verdade!
Beto Acioli
Súcubo (II)
Nas noites em que jazo tragado por trevas
a malévola ronda a atentar o meu pudor.
De etérea não há nem mesmo minha sombra,
vem ela e me sonda, mulher d'alma cinérea.
Deita em minha cama sem ter um reverbério
que sem impropérios seduz-me com ardor.
Com furor devora-me sem nenhum critério;
Meu temor se rende preso aos seus mistérios.
Aos suspiros exala fortes odores cárneos;
Nos olhos fátuo fogo, um cálice derramado.
E em suas entranhas as chaves dos prazeres.
Refém dos seus negros e lascivos poderes;
Malfazejo apego que me faz escravo...
Sem ela a minha alma divaga no vácuo.
Beto Acioli
05/10/2013
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAs sua poesias sao relmente as mais belas construções que ja tenho visto. Isto as torna speciais e então torna-se agradavel viajar atrave´s delas. Parabéns
ResponderExcluirFantásticas! Parabéns Beto, poesias maravilhosas, quanta inspiração! Bjus
ResponderExcluirPerfeito!
ResponderExcluirParabéns!