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sábado, 20 de outubro de 2012

Sou poeta


  


Sou poeta


Sou poeta... e o sofrer é o meu estigma.
Subjetivo como o horizonte riscado no hipotético azul
Sou o enigma nas entrelinhas dos tortos versos,
Eu sou o dito e o não dito...
O óbvio e o incógnito.
Sou a rima, pobre ou rica...
Sou o inverso e o incontroverso...
Sou o compasso e o descompasso da vida,
o sofrimento, sou a aberta ferida,
a dor, a inconstância e a inquietude.
Sou a folha em branco de onde emerge a poesia
Rabiscos obscuros de sentimentos tersos.
Sou a matéria... sou os ouvidos da alma...
...escriba de um universo,
... receptáculo do que a dor dita...
Sou instrumento da palavra.
Sou o poeta que versa a vida.
Sou o que dói, sou o que morre
por qualquer causa...em qualquer dia.
Aquele que não tem regras,
quem a vida versa com maestria,
sem medos e com verdades.
Sem métrica, sem motes...
...quem expõe a vida sem cortes,
sem molde, sem régua e sem paradigmas.
Sim, sou  poeta!...Dono de um mundo sem rédeas
...e o sofrer é o meu estigma.


"Vasto é o universo que cabe no âmago de cada poeta e que nunca é o todo...A Poesia é infinita, é imortal."(Beto Acioli)

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